Olimpíada de Ciências, Tecnologia e Engenharia Nuclear

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Com apoio do GDF, a sexta edição da Campus Party em Brasília mobilizou 145 mil aficionados por ciências e tecnologia na Arena BRB- Mané Garrincha


Uma das novidades da 6ª edição da Campus Party Brasília foi a Olimpíada de Ciências, Tecnologia eEngenharia Nuclear. Durante a competição 120 alunos foram desafiados a resolver problemas complexos ,pensarem criticamente, trabalhar em equipe e comunicar ideias de forma clara e eficaz.


“O objetivo da Campus Party Brasília vai além das palestras, workshops, oficinas e competições, elabusca deixar um legado para a cidade, promovendo a ciência e tecnologia enquanto possibilidadede carreira para nossos jovens”

Leonardo Reisman, Secretário de Ciências, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal


METODOLOGIA STEM


Diferentemente das Olimpíadas de conhecimento tradicionais, onde as provas são teóricas, a Olimpíada de
Ciências, Tecnologia e Engenharia Nuclear utilizou a abordagem STEM, metodologia de ensino que valoriza
o aprendizado prático, atividades mão na massa, resolução de problemas e a colaboração em equipe. Os
participantes tiveram a oportunidade de aplicar seus conhecimentos teóricos em desafios, experimentos ao
vivo e atividades dinâmicas que estimularam a criatividade e o pensamento crítico.

Aline Carvalho, Presidente da Olimpíada / Além das tradicionais medalhas de ouro, prata e bronze todos os competidores ganharam medalhas pela participação


“A primeira edição da nossa Olimpíada Nuclear aconteceu em São Paulo em novembro de 2022.Somos muito gratos aos diretores do evento Campus Party, Tonico Novaes e Ricardo Queiróz porviabilizarem a realização da nossa olimpíada naquela ocasião e agora em Brasília. Tentamosrealizar a Olimpíada em um formato menor, fora da Campus Party, mas sem sucesso. Solicitamos oapoio de diversos players que atuam no setor nuclear e não recebemos nenhum retorno efetivo. Em2023 fiquei surpresa ao saber que uma associação da qual solicitamos apoio em julho de 2022, criou uma versão da nossa olimpíada. Acho que o setor nuclear e os divulgadores da ciência precisam unir forças e trabalhar juntos. Não precisamos de competição entre nós.” Aline Carvalho, Head STEM For Girls e Presidente da Olimpíada

Membros da equipe Zenit Aerospace durante o workshop de foguetes com garrafas pet

COORDENAÇÃO DAS ATIVIDADES
Os conteúdos e as dinâmicas para avaliação dos alunos foram cuidadosamente elaborados pelos membros do comitê organizador. O módulo de Engenharia Nuclear contou com o apoio da Doutora em física e vice-reitora
da Universidade Franciscana Solange Fagan, a doutora em física aplicada Gabriela Sena, o Doutor em Engenharia Nuclear e vice-presidente da Olimpíada Willian Abreu e o Doutor em engenharia nuclear Gabriel Fidalgo.

Doutora Solange Fagan com o jogo de tabuleiro sobre tecnologias nucleares criado pela Universidade Franciscana do RS


“Para mim, a participação na Olimpíada, representou um momento de profunda imersão na temática da ciência e tecnologia nuclear. Esta experiência combinou competição, criatividade e um vasto acúmulo de conhecimento. Trata-se de uma iniciativa inovadora que merece ser perpetuada e ampliada no futuro.”

Doutora em Física pela UFSM, Pesquisadora em nanociências e vice-reitora da
Universidade Franciscana de Santa Maria no Rio Grande do Sul.


Além das atividades dentro da Olimpíada, alguns membros do comitê organizador participaram de um painel sobre divulgação científica em tempos de fake news e palestraram sobre o uso da energia nuclear na exploração espacial. O link dessas duas atividades já está disponível no youtube:

Divulgação Científica em tempos de fake news – Palco: Petrobras #CPBSB6


O Papel da Energia Nuclear na Colonização e Exploração Espacial – Palco: Petrobras #CPBSB6

Da esquerda para a direita, Aline Carvalho, Gabriela Sena, Willian Abreu, Flávia Ferrari e Eduardo Sato


“Foi extremamente gratificante contribuir com essa ação tão necessária para a Alfabetização Científica sobre a temática nuclear. Pudemos inspirar jovens a se aprofundarem na energia nuclear, a qual frequentemente é mal compreendida nas diversas mídias. Além disso, é uma oportunidade de estimular jovens a ingressarem na área. Na verdade, durante essa olimpíada, fui abordado por várias alunas e alunos em busca de informações sobre como seguir na área nuclear. Acredito que isso possa fazer diferença e nos aproximar dessa juventude, pois frequentemente vemos profissionais da área nuclear se comunicando de forma extremamente formal e apenas com seus pares.”

Willian Vieira de Abreu, Pesquisador de pós-doutorado do Programa de Engenharia Nuclear da UFRJ e vice-presidente da Olimpíada.


O módulo de física da Olimpíada contou com o apoio do Instituto de Principia representado pelo mestre em física Eduardo Sato e o mestrando em física Wellington Barbosa.

Wellington Barbosa, professor e mestrando em física fornecendo instruções para os competidores


“Participar da elaboração da Olimpíada foi uma experiência única! Nós do Instituto Principia ficamos responsáveis pelas atividades de Física voltadas ao Ensino Fundamental e Médio e estamos positivamente surpresos com o empenho e interesse dos alunos que realmente compraram a proposta
da nossa atividade e a executaram de maneira impecável. Nosso desafio foi baseado em experimentos didáticos simples com materiais comuns ao dia a dia dos alunos, onde após uma demonstração experimental deveriam se reunir em grupos e tentar explicar os fenômenos físicos por trás do experimento. Foi um sucesso e nossa vontade era premiar todos os participantes com medalhas de ouro!” Eduardo Sato – Instituto Principia São Paulo

Ainda sobre a coordenação dos conteúdos, a Doutora Mona Oliveira, CEO da Biolinker e membro do comitê organizador da olimpíada, não estava presente em Brasília. O motivo: A Biolinker foi selecionada como finalista no Hack Brazil, evento realizado dentro da Brazil Conference em Harvard e no MIT


Robôs, fintech para entregadores e mais: as startups em conferência nos EUA

Mona Oliveira CEO da Biolinker com Aline Carvalho, presidente da Olimpíada no laboratório da Biolinker em São Paulo


Antes da viagem, A doutora Mona prestou uma ajuda valiosa fazendo a curadoria dos conteúdos de química e biotecnologia. Os competidores puderam ouvir uma palestra introdutória e depois colocaram a mão na massa
replicando alguns experimentos com o auxílio das Professoras Flávia Ferrari e Yara Souza. Um dos experimentos consistia em produzir proteínas que brilham no escuro.


OS MEDALHISTAS OLÍMPICOS

Alunos do Colégio Presbiteriano Mackenzie ganharam medalha de ouro na etapa para o ensino médio


“Cinco estudantes do Ensino Médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília conquistaram medalha de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências e Tecnologias Nucleares, na Campus Party BSB 2024. O evento foi memorável, em uma competição de Astronomia, Biologia, Química, Física e Engenharia Nuclear. Cada prova tinha uma aula prévia, para a apresentação dos conceitos técnicos
e práticos. Foi uma maratona de engajamento, conhecimento denso, trabalho em equipe, superação, aprendizado, criatividade e alta performance.” Raíta Moreira Nascimento Lopes, Professora de Matemática e Coordenadora do Centro de Treinamento Olímpico do Colégio Mackenzie

O Quarteto Lovelace composto por 4 Estudantes do IF de Chapecó ganhou medalha de prata na Olimpíada


“Foi uma maratona inclusiva e instigante que deixou um gosto de quero mais a todos que participaram. Foi divertido. A interação com outros alunos de diversas instituições foi muito importante, pois tornou uma experiência única. As palestras agregaram muito conhecimento e essa interação ajudou muito na hora de desenvolver os trabalhos.” – Elaine Vieira Professora de Matemática e Robótica do Colégio Santo Antônio de Brasília.

Da esquerda para a direita, Richard Brochini coordenador da Olimpíada com a equipe mista que levou o bronze


“Para mim como professor, a experiência de participar na Olimpíada foi profundamente gratificante. Principalmente pela oportunidade de interação com estudantes de diferentes partes do país e poder vê-los extremamente interessados e engajados por temas científicos!” Welington Barbosa de Souza -Professor Física e Coordenador de Eventos do Instituto Principia

Na categoria ensino fundamental, alunos do 8º ano do SESC DF ganharam a medalha de ouro


“A experiência na olimpíada foi ótima! Mediei uma atividade na área de Astrobiologia com a temática do Corpo Humano no Espaço. Foi muito gratificante ver o brilho nos olhos deles, a animação e engajamento!” – Yara Laiz Souza, mestranda em Ensino e Educação, Professora de Biologia

Equipe mista de alunos do 8º ano do ensino fundamental ganharam medalha de prata


“Foi um prazer participar da Olimpíada, um projeto inclusivo, com uma equipe de peso e com muito conteúdo de qualidade sobre a energia nuclear e suas diferentes aplicações. A olimpíada foi um sucesso e as pessoas puderam conhecer um pouco mais sobre esse tema tão importante.” Gabriela Sena Pesquisadora de pós-doutorado da UFRJ

Equipe mista com alunos do 7º e 9º ano levaram a medalha de bronze


PRÓXIMAS EDIÇÕES

De acordo com os organizadores, o planejamento é realizar mais 5 edições da Olimpíada nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Manaus e São Paulo. Para isso, já estão em pleno andamento
parcerias estratégicas com a CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, AMAZUL e outros potenciais patrocinadores.

“Nós temos uma série de objetivos ambiciosos, todos destinados a promover o interesse pela ciência, tecnologia e engenharia nuclear. Reconhecemos a necessidade de identificar e desenvolver jovens
talentos científicos em potencial e reter esses talentos no Brasil. Também separamos uma cota de atividades pensando no público em geral. Queremos despertar a curiosidade das pessoas pelas ciências, fortalecer a interação entre a academia x sociedade e conscientizar a população sobre os
benefícios das tecnologias nucleares que ainda são encaradas como algo nocivo.” Complementou Aline Carvalho

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